domingo, 3 de junho de 2012

Oficinas de vídeo com a comunidade escolar

Na pauta de ação do NDG está a realização de oficinas de vídeo, para que os próprios sujeitos sociais contem as suas histórias. Pode ser a filmagem de uma aula, como tem feito de forma brilhante a comandante Marly Gribel, ou o registro da realidade das escolas, dos bairros e locais de trabalho. Se considerarmos que a grande mídia é omissa e vendida, e que os governos gastam rios de dinheiro para mostrar uma realidade que não existe, a proposta das oficinas ganha ainda mais força. Que os próprios professores, alunos, pais de alunos, toda a comunidade, enfim, registrem o seu cotidiano, e produzam filmes e documentários contando aquilo que as elites dominantes tentam esconder. Na próxima semana vamos voltar ao tema, com sugestões e dicas para realizar este desafio, enquanto nos preparamos para os novos embates.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Marly Gribel dá o tom do trabalho de base do NDG

Clique aqui e assista ao vídeo

A combativa colega Marly Gribel apresenta um excelente trabalho de base que precisa se fazer junto aos colegas, aos alunos e a toda a comunidade. Vale a pena assistir e reproduzir na rede social.

domingo, 15 de abril de 2012

Encontro de lideranças do NDG: o primeiro passo foi dado e a criança nasceu. VIVA!

  Marly Gribel | domingo, 15 de abril de 2012 |
REUNIMOS de maneira informal para um primeiro encontro de lideranças de várias regiões do Estado para  gestar(nascer) aquilo que que até então era um movimento iniciado na greve e que hoje apresenta uma nova perspectiva de renovação  contra tudo  que está aí: sindicato caduco, antiquado e fora de qualquer contexto para uma luta eficaz e de classe, diante do avanço das forças organizadas  oligárquicas burguesas contra os trabalhadores em todo o Brasil- educação, saúde, construção civil, camponeses, entre outros.

O encontro foi na sede de um sindicato da construção civil- O MARRETA, por sinal, local muito adequado para o encontro: o início de tudo está na base, na construção diária,  tijolo por tijolo, dito de forma muito pertinente por um membro da construção civil.

Dentro do meu tempo de fala abordei duas questões que estão colocadas de uma forma muito clara e contudente no Estado de Minas Gerais: a inoperância do sindute que não consegue aglutinar nada de concreto para a categoria e o desrespeito do governo com a Educação . A ausência de respeito é tamanha que nem as leis previstas na Magna Carta e no Estatuto do magistério são respeitas : Direito ao Piso Salarial, tempo extra classe, férias prêmio,  pagamento das reposições dos dias trabalhados da greve de 2011 e violência no interior das escolas.

 Enfim, o Estado de Direito começa a desaparecer em Minas de uma forma organizada e planejada: O Piso é solapada da maneira mais cruel, após 112 dias de greve e com documento assinado de comprometimento e tudo mais. O tempo extra-classe desrespeitado e em seu lugar o aumento de horas de trabalho com a utilização do chamado módulo II- que nada mais é que aumento da carga horária no local de trabalho. Neste espaço não são oferecidos ferramentas para que o professor construa atividades, visto que a maioria das escolas não dispõe de computadores para este fim e esta é uma das nossas principais ferramentas do trabalho diário. Nem os tablets anunciados pelo Ministro da educação ainda chegaram para compensar as perdas e danos da Educação mineira neste espaço vazio de sobrecarga de trabalho.

Quanto a inoperância do Sindicato:

Fica evidente a incapacidade deste grupo, todo formada por uma única corrente- a "Articulação", que gasta fortunas com encontros em Hotéis caros como o Royal Center, faz  Congressos caríssimos em Araxá, e atualmente convoca a categoria para um encontro em Tiradentes para lançamento da 13ª Semana Nacional em defesa da Educação. Inclusive fizeram manifestação na ALMG sem comunicar ninguém, nem as subsedes- pelo menos não consta lá no site das subsedes ou envio  por mala direta da "intenção"- o panelaço ou a bagunça empreendida no I encontro do Fórum Nacional. Foi ideia isolada do grupo Articulação e que ideia..... Eu, particularmente, achei aquela ação horrível, pouco construtiva e atestado de burrice frente ao povo- deve ser aquelas ações secretas do Sindute- decididas por eles e para eles.

Quanto as nossas ações desenhadas no I encontro-


  •  apresentar para a Direção atual, na cidade de Tiradentes,  dia 21/04 documento de solicitação para instalação de outdoors e propaganda eficaz nos meios de comunicação, de esclarecimento da nossa real situação para os mineiros. Este não é um anseio isolado do NDG mas de toda a categoria. E diante dos gastos apresentados acima, com certeza devem ter dinheiro para bancar isto aí.



  • Outro ponto abordado- O Sindute disponibilizar suprimentos para venda: camisetas, adesivos, bonés etc, via site de compras ou via subsedes.

Pontos a serem construídos e que não foram devidamente amarrados: 


  •  Articular junto a base uma Nova direção sindical, disputando inclusive as próximas eleições/ ou desfiliação em massa e viabilização de uma Associação de profissionais da Educação. Esta proposta não foi definida ainda  (mas, caso ocorra a disputa pela Direção creio que teremos que criar um fundo - uma conta- para disponibilizar a locomoção dos nossos futuros candidatos.) Espero que uma das primeiras cidades a ser visitado pelo comandante Euler seja Montes Claros.
  • Discutiu-se também a ampliação da discussão nas redes sociais com o envolvimento de alunos, comunidade, associações de bairros e sindicatos em geral. Este trabalho, cartilha, será construído ao longo do ano por diferentes ações. Em breve , disponibilizarei uma forma simples de trabalhar nas redes sociais com alunos e professores. Esta ideia ou vídeo será divulgada nas redes sociais e nos blogs. 



Por fim,  destacar que concordo plenamente com o professor Euler no seu texto:" o socialismo que pretendemos neste momento de opressão e exclusão social é muito simples: o direito ao Piso e tempo extra-classe, às condições adequadas de trabalho, a real democratização dos espaços escolar e na comunidade". 



Já fomos  mais respeitados, já tivemos gestores mais democráticos e salários melhores e a sobrecarga de trabalho era menor. Hoje estamos sendo triturados por este governo crudelíssimo do PSDB, que quer nos conduzir como gado. Falo isto com propriedade, pois trabalho neste Estado há 26 anos.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Sindute MG participou de mais uma farsa na ALMG- a coordenadora nem ocupou a mesa

O Sindute Mg participou de mais uma maratona de tolices na ALMG. Assisti pela TV. promoveram um panelaço- prato com os seguintes dizeres:A Educação tem fome de Piso Salarial, Carreira e Qualidade. Interessante é que terminamos a greve com uma proposta de Piso, assinado por deputados e membros do governo de MG.  

Enquanto isso a coordenadora- que anda sem prestígio nenhum, não ocupou a mesa da plenária, apesar de vários deputados do PT aliados da mesma estarem presentes e que fizeram da greve dos educadores palco de  suas campanhas futuras. Será que o grupo Articulação não percebeu isto ainda? Ou será conivência mesmo?

 Foi um pré projeto apresentado para daqui a dez anos pelo secretário adjunto do Ministério da Educação e coordenador do Fórum Nacional de Educação, Francisco das Chagas Fernandes  . Foi uma exposição inócua, vazia e sem nada de novo no front. Estamos cansados deste blá bla´. Queremos a correta aplicação da Lei. Muito simples. Mas insistem nesta palhaçada de pré -sal  para financiamento da Educação- fica evidente que é campanha para tempos distantes.Mais uma nova enrolação.

Obviamente, o governo aproveitou de mais esta oportunidade dada pelo sindute para tripudiar lá na sua página oficial, que atualmente virou palco de críticas diversas à atual direção. Não há mais respeito, ou seja, perdeu-se o medo da entidade sindical que atualmente nos representa. E infelizmente, as  instituições oligárquicas burguesas tem que nos temer sob o risco de vivermos isto que estamos presenciando até aqui- Todos os direitos sonegados e todas as reinvindicações desprezadas. A secretária adjunta de Estado da Educação, Maria Ceres Pimenta desistiu de palestrar para nos humilhar e menosprezar as pessoas presentes

Mas a luta é instrumento de quem trabalha e apesar de quererem nos transformar em zumbis( mortos vivos) temos guardados também nossas surpresas e que brotarão antes que o governo pisque os olhos. E o medo nascerá das nossas ações e o respeito será restabelecido. A caixa de Pandora dos educadores será aberta e todos os males e demônios serão libertos para perseguir os nossos opressores.

Não é possível convivência pacífica com quem nos explora, e este governo ( o PSDB) ultrapassou todos os limites e como já o fez  com todos os requintes de crueldade, também terá seu retorno, como será visto nos próximos meses e anos.

O NDG fará seu encontro de lideranças, não esquecendo que fazemos parte do Sindute MG, apesar das nascentes diferenças no modo de ver e perceber a realidade que nos cerca. E  não estamos gostando nada  deste novo cerceamento contra nós promovido de forma intensa pelo governo, nem pelo bombardeamento contra todas as ações empreendidas pelo sindicato.

Estamos vivos e com urgência! Vamos em busca de liberdade, democracia e novas formas de luta.
 

terça-feira, 10 de abril de 2012

Greve dos profissionais da Educação de BH recebe apoio

Frei Gilvander:

TODO APOIO À GREVE DA EDUCAÇÃO INFANTIL EM BELO HORIZONTE, MG, Brasil.

Manifesto de apoiadores

Nós, entidades sindicais e populares, representantes das classes trabalhadoras da cidade vimos a público manifestar incondicional apoio à greve das professoras da educação infantil da rede municipal de Belo Horizonte, MG, por sua justa reivindicação de reconhecimento da carreira, por parte da Prefeitura de Belo Horizonte – PBH -, conforme os demais professores do município. As crianças da cidade estão há 21 dias sem atendimento e o prefeito não tem postura responsável de negociação.
Reafirmamos que todas as crianças de 0 a 6 anos têm direito a uma vaga na educação infantil, pública e de qualidade. Com professoras capacitadas a orientar o seu desenvolvimento integral: psíquico, motor, cultural, cognitivo e social. Mas o prefeito Márcio Lacerda e sua secretária de educação negam garantir esse direito quando não valoriza o trabalho e a carreira das professoras. Além disso, não ampliam o atendimento a todas as crianças do município com a criação de vagas e construção de novas unidades. 
Essa política do prefeito é parte de toda a desvalorização da educação municipal, pois, segundo o Sind-REDE/BH (sindicato das professoras) a prefeitura de BH descumpre a lei que obriga o investimento de 30% do orçamento do município em educação. A média de gastos, na verdade, tem sido de 19% apenas. Mesmo assim, boa parte desses recursos são gastos com projetos assistencialistas, que são necessários, mas, não são despesas da educação.
Enquanto isso, o prefeito gasta cerca de 40 milhões de reais com propaganda que nada informa de verdade e que só busca enganar a população e visando a sua reeleição. Ainda segundo cálculos do sindicato, bastariam 12 milhões de reais para unificar a carreira da educação e garantir os direitos das educadoras.
Compreendendo que a luta das professoras da educação infantil pela valorização da sua carreira é uma luta de toda cidade, e principalmente das classes trabalhadoras, pelo acesso e pela qualidade na educação, solicitamos do prefeito Márcio Lacerda que abra imediata negociação com as professoras em greve e atenda sua justa reivindicação de serem tratadas verdadeiramente como professoras qualificadas e importantes para o desenvolvimento das nossas crianças.
A greve continua, Lacerda, a culpa é sua!!

Assinam esse Manifesto:

Fórum Social Mundial-MG, Associação Comunitária Vale das Acácias de Santa Luzia, Central Sindical e Popular-Conlutas, SindUTE/MG, Quilombo Raça e Classe, SindsPrev/MG, Associação Nacional dos Estudantes Livre/MG, F. S. D. MET./MG, Federação Democrática dos Metalúrgicos/MG, Sintappi/MG, Movimento Mulheres em Luta/MG, Sindeess, KOLPING Vila, Mov. Oposição Bancária, Comunidade Camilo Torres e Irmã Dorothy, Comunidade Zilah Spósito/Helena Greco, ABRIGO Dandara, Brigadas Populares, PSTU, frei Gilvander Luís Moreira, educadores do NDG - MG.

(Manifesto aberto a outros apoiadores)

(A greve é direito de todos os trabalhadores)

Um abraço afetuoso. Gilvander Moreira, frei Carmelita.
e-mail: gilvander@igrejadocarmo.com.br
Facebook: gilvander.moreira
skype: gilvander.moreira